
Olho para trás. Achava que me seguias, mas podias ter feito aquela curva que eu preferi não arriscar fazer. Cismaste e assim foste. Olho para a frente. A curva era um atalho, de facto, mas a minha decisão continuava a ser a mais segura e que garantia chegar ao fim, sempre em frente. O atalho por onde seguiste é daqueles que dá voltas e voltas, viciando-te num ciclo que só outra pessoa sem ser tu será capaz de te ensinar a voltar. Acredito que um dia aprenderás e voltarás ao caminho que dantes percorríamos.
Nesse dia, pararei a minha caminhada. Estarei sentada no muro, serei obstáculo, á tua espera, mas fica sabendo que não sei se te irei deixar passar.