quinta-feira, 15 de setembro de 2011

diz que é uma fase

Antes achava que era difícil, muito difícil, viver quando alguém importante para nós saía da nossa vida. Não se vivia, sobrevivia-se. Mas, há já algum tempo, acho que isso não é difícil. Habituarmo-nos a outra rotina, a ir para outra casa, a estar com outra pessoa, a estudar outro assunto, essa mudança é fácil. É fácil porque é física e o tempo passa suficientemente depressa para que o corpo se habitue. O difícil vem depois. Sim, depois vem a inflexibilidade e como o que está diferente torna-se definitivo e passa a normal. Se alguém saiu por aquela porta, só entrará quando bater e eu abrir, mas mesmo para isso o caminho não é fácil.
O difícil é lidar com o vazio que fica. O difícil é aceitar que agora vai ser assim "para sempre". E porque isso nem sequer existe, nunca o deveríamos dizer. Sempre nos assustará a ideia de quanto mais tempo é que se vai ficar a pensar, remoer, falar sobre e até chorar. Faz-se o luto mas depois a gente conforma-se... Deprime e des-deprime.

Até que começa tudo, outra vez...

Sem comentários: